No Mar Dessa Paixão

Vem amor, me beija,
Pois quero o teu beijo.
Se não és minha sina,
Mas és meu desejo. 

Vem amor me queira,
Pois sabes que te quero.
Se me pedes tempo,
Não faz mal,espero.

Põe meu coração
Em ritmo acelerado.
Mas por favor me aceite
Como namorado.

e me aceite...,me aceite... 
me aceita?

Já ganhei o teu sorriso,
Simpatia e compreensão.
Conquistei o teu 
carisma,
Mas falta teu coração.

Se me der um bom motivo
Faço ao tempo uma canção
Verso a verso, rima a 
rima
mas você é o refrão.

se em teu céu não tem estrelas;
Me 
faço constelação.
No trem da vida que passa, 

Quero ser tua estação.

Posso ser o ancoradouro
Pra guardar tua 
embarcação.
Teu sorriso é meu farol,
No mar dessa paixão.

É no mar dessa paixão.
É no mar dessa paixão.

 Todo mundo se irrita; 
todo mundo faz cara feia;
E 
deixa horrível a minha face, 
e a face alheia.
Todo mundo se irrita; todo 
mundo faz cara feia;
E deixa horrível a minha 
face e a face alheia.

Já fui comparado com um buldogue 
velho;
De olhar bem profundo,
Naquele segundo,
Em que perco o humor.

Também percebi que você modifica;
Sua 
pele, seus traços,
Não quer meus abraços,
Não quer meu amor.

Correto seria achar outro jeito,
De 
não provocar esses nossos 
trejeitos,
Momento imperfeito;
Ficamos com cara de 
assombração.

Ter outra atitude, divino seria;
E 
não fazer cara de 
antipatia;
Mas é nossa mania,
Para reagir a uma 
reprovação.

Todo mundo se irrita, todo mundo 
faz cara feia;
E deixa horrível a minha 
face, e a face alheia.
Todo mundo se irrita, todo 
mundo faz cara feia;
E deixa horrível a minha 
face, e a face alheia.

Já fui comparado com um buldogue 
velho;
De olhar bem profundo,
Naquele segundo,
Em que perco o humor.

Também percebi que você modifica;
Sua 
pele, seus traços,
Não quer meus abraços,
Não quer meu amor.

O mundo é perfeito; somos desiguais;
Caretas 
e rusgas são tão 
casuais.
Me esforço em fazer meu dia 
ser legal,
E ser menos ranzinza.

Na face expressamos o bem e 
o mal.
Nessa passarela eu sou 
natural.
Capricho pra ser muito mais 
carnaval
Do que quarta-de-cinzas 
.

Cara feia é cara de quarta-feira de 
cinzas!

 Meu povo, hoje 
amanheceu em euforia.
Vai ter festa lá na roça; 
pra aumentar a alegria.
Tá todo mundo num 
corre-corre danado.
Tem mulher fazendo unha, e, 
já tem homem barbeado.
Sapatos engraxados, dão até 
pra se espelhar.
Vestidos e saias rodadas; 
fazem poeira levantar.
Todos os pares prontos pra 
grande festança;
Já esperam de mãos dadas 
pelo começo da dança.
Bailão gostoso! Eta, meu 
povo brejeiro.
Todo mundo se diverte, na 
festa do padroeiro.

Coisa gostosa essa festa no 
arraiá ;
Eu só quero é dançar! Eu 
quero é fazer graça!
Acompanhado pelo toque da 
viola;
Meu sapato gasta a sola; 
chega a levantar fumaça.

E a festa invade a madrugada; 
é outro dia.
O povo fica mais festeiro; 
com a temperatura fria.
mais nada importa, na noite 
que se arrasta;
Nem se faz lamentação, pela 
grana que se gasta.
No meu sertão festa é algo 
especial.
Não existe o vulgar, o brega 
e o banal.
Enquanto a banda não se 
cansa de tocar;
Enquanto eu puder dançar; 
pode o mundo se acabar.
Termina o baile, e o sol 
raiando vem!
Eu já espero com saudade, a 
festa do ano que vem.

 

Dentre erros e razões;
Vou aprendendo a viver.
Na rotina emoções;
Minha fé me fez crer.

Comecei a querer,
O que outrora não quis.
No que achava ser sábio,
Me tornei aprendiz.

Aprendi a acertar;
Aceitando que errei.
Só busquei um abrigo,
Quando ao tempo fiquei.

Como bom fundamento
boa escola e família.
Bons mestres, bons 
amigos;
Minha mente, meu guia.

E hoje sei muito mais,
Do que achei que jamais
poderia aprender.
O amanhã já se faz,
Como o mar vai ao cais,
Vou de encontro ao 
saber.

Minha estrada escura
Consegui clarear.
Minha mente travada,
Consegui destravar.

Do que era impossível,
Evidente ficou.
Quero esquecer que o 
difícil
Em minha mente morou.

Vou abrir um caminho.
A estrada é sem fim.
Me inspirar em quem 
brilha;
Clarear quem se guia por 
mim.

Duas frases extintas,
Em todo viver.
O não sei e não consigo,
se resumem em não 
querer.

E hoje sei ...

 Sou peão, sou machão, 
a arena é meu chão.
Minha fama é durão,
Eu sou bem invocado.
Sou valente de fé, bato 
palma e pé,
Quando há bela mulher;
Fico todo assanhado.

Em meio a um rodeio, eu não 
tenho receio,
Corro o mundo inteiro;
Mostro o meu cinturão.
Montaria exigente; estou 
sempre presente.
E carrego na mente, 
Uma grande paixão.

Dentro da arena eu arrumo confusão,
Eu 
enfrento o touro a mão,
Ganho o bicho no 
cansaço.
Conquisto o ouro montando um 
bicho xucro
Mas meu verdadeiro lucro,
É 
ganhar o teu abraço.

Eu sou guerreiro, venha ser 
minha armadura,
E se a noite está 
escura,
Venha ser o meu luar.
Sou meio azedo, mas eu gosto 
é de doçura;
Você é fruta madura,
Bem doce do meu pomar.

 Quando veio o 
temporal,
Chuva forte, vendaval.
E o mau tempo é tormento,
É 
angustia é o lamento.
Gerado em momentos de nosso 
pensar.

Me perdi, me escondi.
No espelho não refleti.
Com o brilho ofuscado,
Num espelho quebrado.
Era um flash queimado,
um retrato ocultado.

Quando encontrei você,
Braço aberto pra me 
receber.
Me falou, me mostrou o 
porque,
Me falou seu espelho é 
você.
Volte a acender seu viver,
Sua 
paz, sua luz, seu 
querer.

Consciente de tudo que errei.
Em 
meu ego algo errado 
encontrei.
Para o caminho então 
retornei.
Sem seu toque, acho que nem 
sei...
Não veria em mim o defeito,
Jamais 
acharia um jeito.

De buscar um novo tempo,
Pra sorrir e até chorar.
De feliz também se 
chora.
Quero estar feliz na hora, 

Que uma lágrima rolar.

Emoção que não tem preço,
Nova 
chance pra tentar.
Conduzir-se à um 
recomeço,
Esquecer velhos tropeços,
E 
nova vida começar.

 Vem! me ponha em teus 
braços;
E mata o meu cansaço.
Conduza meus sonhos quando o 
corpo adormecer.
Vem, me traga a lucidez; sem 
medo e sem talvez.
Quando viajo nos sonhos, meu 
destino é te querer.

Quero sentir. O clima a estação.
Na 
primavera tudo é 
sensação.
Flores que bailam ao ritmo 
do vento.
Aves em cio; cores e cantos 
tão belos;
Pios de amor; tão 
singelos.
E segue a areia marcando o 
tempo.

Vai movendo, leve e cristalina;
Seu 
percurso só me ensina.
Que sempre abre um caminho 
para seguir.
Sensatez, moral e tino;
Tudo segue o mesmo 
destino.
Tudo tem a hora certa para 
se dirigir.

Nunca para e não se cansa,
É 
feito a vida de uma 
criança,
Que a toda hora, todo 
instante, grande quer 
ficar.
Se arrasta, tenta, avança;
Vai 
ganhando auto-confiança.
Engatinha e se levanta, para 
depois andar.

Em nossa vida tudo tem um começo;
Por 
tudo se paga e o preço,
É a vontade de ser 
perfeito.
Um par nunca difere 
dois.
Um carro à frente dos bois,
Nunca 
que andou direito.

E a seu tempo, tudo é mais gostoso;
Depois 
do cansaço, o gozo.
Nada interrompe o tempo.
Dia foi, dia veio, dias 
virão.
Passado e presente ao 
chão,
Marcado por dunas ao vento.

 GRATIDÃO

Morar na roça, me dá grande 
alegria.
Vou contar como é dia,
Deste povo do sertão.
Vou relatar, escute e 
imagine,
É simples mas é sublime.
Faça a comparação.

Raia o dia; Uma luz, uma clareira.
Sabiá 
na laranjeira,
Canta para anunciar.
Que um novo dia já desponta 
no horizonte;
Surgindo detrás do monte, 
vem o sol pra iluminar.

E lá do pasto já vem o gado 
mugindo;
E o seu grito está pedindo,
A 
ração de cada dia.
E um balaio vai se enchendo 
de capim;
Cana, milho e aipim,
Alimentos que o saciam.

Fogão de lenha já aquece a chaminé.
O 
bom cheiro de café,
Já se espalha pelo ar.
Leite fervido, pão de milho, 
mel e broa,
E o chamado da patroa;
-Vem pra mesa se sentar!

Jejum quebrado, pronto para 
o batente
Hoje o sol vai ser 
ardente,
Em meio da plantação.
Vou capinar, vou adubar, 
fazer limpeza
Pra família com certeza,
Terei alimentação.

No fim da tarde, eu retorno 
para o lar;
Onde posso descansar,
E fazer minha cantoria.
E o violão soa sua cordas 
primeiras.
Vaga-lumes são fogueiras;
E 
me trazem companhia.

Seu pisca-pisca, que sublime 
realeza,
Me traz toda a certeza,
Que isso tudo é tão 
divino.
E a nosso pai faço a minha 
gratidão;
No som deste violão,
Numa presce me fascino.

Missão cumprida, luz do dia 
se findou;
Outra noite já chegou;
Trabalhar é minha sina.
E no meu leito, o descanso 
merecido;
Bem feliz por ter vivido,
Outro 
dia de rotina.

Quando o dia 
amanheceu,
E a primeira luz já se 
mostrou.
Fora do edredom que te 
aqueceu,
Do frio da noite que 
passou.

Um banho quente, em sua pele 
macia;
Fez vapor, o espelho suou.
O 
meu corpo quis te fazer 
companhia;
E o teu sorriso me 
convidou.

Eu aceitei, sem esboçar reação.
Para 
a rotina fizemos 
rejeição.
Corre o tempo, 
Mas tudo pode se 
ajeitar.

E nessa luta contra o tempo...
Nessa 
luta contra o tempo.
Nessa luta contra o 
tempo,
Sobra um tempo pra se 
amar.

Pode o café esfriar;
Pode o trabalho atrasar.
Pode o céu vir a 
desabar.

Pois nessa luta contra o tempo...
Nessa 
luta contra o tempo.
Nessa luta contra o 
tempo,
Sobra um tempo pra se 
amar.

 

Veja o que acontece, em cidade 
pequena.
Nem Freud explica o momento 
e a hora
Da cena.
Num domingo; a igrejinha não 
tinha sino para anunciar a 
novena.

A corda do sino da igreja, sumiu 
sem explicação.
E o povo já preocupado, 
dizendo ser coisa de 
assombração.
Era o assunto falado, desde 
o velho até o menino.
Diziam até ser feitiço, 
coisa de macumba ou castigo 
divino.

A igreja que outrora lotava,agora 
ficara vazia.
O povo trocou sua fé, pelo 
medo e a fantasia.
Só o padre não se intimidou. 
Todo dia a igreja abria.
Rezava sozinho a missa , 
crendo que tudo se 
resolveria.

Passado já algum tempo, e nada 
se descobriu.
Até que num fim de semana a 
porta do mistério se 
abriu.
Zequinha arranjou um dinheiro, 
e , para o bar se 
dirigiu;
Tomou tudo que tinha 
direito, e na porta da 
igreja ele dormiu.

Frei cosme acordou bem cedinho, 
para mais uma missa 
daquela;
Teve um grande susto ao 
abrir a porta da capela.
Encontrou o fiel que dormia, 
na porta da casa 
sagrada.
Chamou pra acordar o bebum, 
que quebrou o jejum e matou 
a charada.

E foi bem assim!

-Acorda, zeca! acorda!
-A corda? eu vendi pro 
artino!
Ele queria amarrar a 
vaquinha, eu queria dinheiro 
pra minha pinguinha, então 
lhe vendi a corda do 
sino.
-Acorda, zeca....

 
Quando o brilho da escola, 
se misturar com os 
refletores;
E misturarem todas as 
cores,
E a felicidade nos contagiar.
Quando 
evoluir e for mostrada a 
metamorfose;
Desde a entrada até a 
apoteose;
A alegria chegou e a gente 
quer mostrar.

Chegou! Trazendo a beleza de 
um novo dia,
Marcado no compasso de uma 
bateria.
Trazendo o bem e afastando o 
mal.
Chegou, não há mais tristeza, 
nem há solidão.
E bate um tambor em cada 
coração.
Na grande magia que é o 
carnaval.

Na grande magia que é o carnaval!

É 
carnaval! E este samba 
gostoso só existe aqui.
Você samba de lá e eu 
requebro aqui.
E a nação contagia a se 
remexer.
É carnaval! É a festa mais 
linda que você já viu.
Esta é minha cultura, este é 
meu Brasil,
E a gente é que mostra para 
o mundo ver.

E a gente é que mostra para 
o mundo ver.
E a gente é que mostra para 
o mundo ver!

 Pela estrada em que a 
noite eu regresso;
Há uma curva, e lá quero 
chegar.
Pois logo depois dessa 
curva,
Há um recanto que é o meu 
lar.
Com o abrir do portão; o 
ruído,
Já põe gente alegre a 
esperar;
São dois rostos miúdos e uma 
boca;
Que esperam meu beijo ganhar.

Então 
vem um abraço coletivo;
Cada um quer seu dia 
contar.
As tarefas, então divididas;
De 
improviso se faz um 
jantar.
Tudo é arrumado às pressas;
Para 
então ocupar o sofá.
Assistir atrações na tv,
Esperando o sono chegar.

O colchão já um tanto surrado;
Com 
espaço para dormir um 
par;
O casal é empurrado as extremas,
Mais 
dois corpos vieram 
deitar.
Madrugada, tudo se ajeita;
Todo 
mundo se põe a ninar.
Cama quente de pai e de 
mãe,
Pra dormir não há melhor 
lugar.

Amanhece; vão os pais ao trabalho;
Saem 
os filhos para estudar.
E a noite de novo o 
encontro.
E o prazer de viver pra 
contar.
É a melhor escola, é a maior 
empresa;
E quantas riquezas existe no 
lar.
A família é a maior conquista;
Só 
quem tem é que pode 
contar.

 De casa afora, passo a 
passo, com saudades;
Sem mentiras, só 
verdades,
Ninguém a me acompanhar.
Melancolia forte que se faz 
presente;
Meu amor está ausente,
Só espero ela chegar.

Como é doída essa tal de solidão;
Sufoca 
o coração,
Ansiedade vem reinar.
Chega e aperta, vai ficando 
mais constante;
Quando a amada está 
distante;
Causa até falta de ar.

Abro a janela, a cortina já 
balança;
Eu respiro esperança;
Vento vem me avisar.
Sopra e desfolha um 
calendário na parede;
Na varanda, uma rede
Será noite de luar.

No meu sertão, se o céu se incandeia;
É 
sinal que a lua cheia,
Nesta noite irá brilhar.
Se vem com chuva, faz molhar 
minha calçada;
Traz lembranças tão 
molhadas,
Parece o céu a chorar.

Mas quando o céu límpido abre 
a clareira,
Trazendo a lua matreira,
Fazendo clarão no chão.
Com o violão, já entoo uma 
cantiga;
Lembrando a mulher amiga,
Dona 
do meu coração.

 (DECLAMADO) (Esta é 
uma canção com uso de poucos 
acordes.
Chamando a atenção para que 
a gente acorde.
Fala de um bicho que envolve 
o meu, o teu, o nosso 
nome.
O bicho mais voraz deste 
planeta. O bicho homem.)

Quer se apossar de tudo que 
no mundo achou;
Colher o que nunca pensou em 
cultivar.
Quer derrubar aquele que nem 
levantou;
Quer afogar quem não sabe 
nadar.
Tente bater naquele que só 
apanhou;
Pensa em secar o pranto e 
não sabe chorar.
Espera ter direito ao que 
não conquistou;
Não zela seu planeta e outro 
quer explorar.

Da água que nasceu, ele contaminou;
Quer 
te-la sempre limpa, mas, só 
faz sujar.
Quer ter a alma pura e não a 
purificou;
E espera em projetos lhe 
purificar.
Pensa em varrer os cacos do 
que não quebrou;
E afastar aquilo que se 
unirá.
Tenta sujar o branco que o 
irmão alvejou;
E sua roupa suja não sabe 
lavar.

E quer fechar as asas de quem 
não voou;
Não quer olhar pras cinzas, 
mas sabe queimar.
E tenta asfixiar quem nunca 
respirou;
Matar de fome quem não pode 
alimentar.
E quer cegar aquele que nem 
enxergou;
Ensurdecer quem não pode lhe 
escutar.
Tenta calar aquele que ainda 
não falou;
E quer odiar quem poderá lhe 
amar.

E quer odiar quem poderá lhe 
amar.
E quer odiar quem poderá lhe 
amar.
E quer odiar quem poderá lhe 
amar.

 Nunca é cedo; como 
nunca é tarde;
Quando existe vontade,
Todo sonho é real.
Encontrei boa companhia.
De outra filosofia;
Com o mesmo ideal.

Vamos juntos nessa caminhada!
Dois 
pares de pegadas,
Na mesma direção.
Compreender o que sente o 
outro.
O que gera conforto,
Faz bem ao coração.

E as barreiras hão de ser enfrentadas;
Pois 
só abre estradas
Quem quer caminhar.
Aprender e ensinar o que é 
diferente;
Desse jeito é que a 
gente
Aprende a amar.

Ser parceiros; rumo a felicidade.
Pra 
fugir da maldade;
Só com amor é capaz!
Me abrace e venha 
comigo;
Para sermos amigos,
Num caminho de paz.

 Na hora em ponto, já 
espero de 
pronto,
Em ir para o ponto onde 
quero chegar.
Porta vai se abrir, degraus 
vou subir,
Com sorte garantir um lugar 
pra 
sentar.

igualam-se os seres, também 
os 
poderes;
Iguala os valores que se 
devem pagar.
Bancos que acomodam, mas não 
se 
incomodam;
Qual o jeito e a moda de 
quem vai lhe 
usar.

Um jornal, um bom livro, um 
pisão e 
um esquivo;
Fazem parte do arquivo do 
seu viajar.
Rádio sintonizado, um 
cochilo 
quebrado,
Pra atender um chamado de um 
celular.

Ônibus que se alinha, fazendo 
a linha 
circular.
O tempo não espera; motor 
que 
acelera a circular.
Sentado em seus bancos, em 
pé ou 
aos trancos eu vou circular.
Lotação 
bem cheia, linha que margeia 
a 
beira mar.

O ar que eu respiro, provoca 
suspiro 
em meu respirar.
O vento que circula, nem 
sempre anula 
o meu transpirar.
Que a distância se passe, eu 
entrego o 
meu passe para circular.
Cegonha sem trégua; recolhe 
ou 
entrega quem foi trabalhar.

Trânsito 
parado, sinal encarnado, é 

preciso esperar.
Transversal que cruza, 
direção que 
acusa outro circular.
E o que vai batendo é o 
coração 
fazendo o sangue circular.
O 
tempo vai passando, o 
planeta 
girando, tudo a circular.

 PERDE E GANHA DO 
AMOR

Para entender o que era amar 

fui tentar encontrar 
quem me quisesse bem.

Minha procura foi muito constante; 

mas num certo instante
encontrei alguém.

Eu tinha um pensamento egoísta 

sobre a conquista 
que queria ter.

Queria alguém que pudesse me 
amar 
e dela tudo ganhar 
sem nada eu perder.


Mas eu mudei o meu pensamento,
 vi 
que o sentimento 
faz tudo mudar.

Que no amor a gente perde e 
ganha;
a perda é barganha
ao que se vai ganhar.

Quando ganhei o primeiro beijo, 

perdi no desejo
a respiração.

Quando envolvido pelo teu abraço, 

perdi o compasso 
do meu coração.

Quando ganhei a tua companhia 

perdi com alegria 
a minha solidão.

Ganhei teu corpo, que coisa 
louca. 
Perdi toda força 
e ganhei emoção.

Por esse amor perco o que for 
preciso, 
perco o juízo 
perco a razão.
Perco o tempo que puder 
perder; 
mas não o prazer 
dessa doce paixão.

 VELHOS LIVROS

Pensamentos tão antigos; 
Tão 
dotados de verdades. 
Há muitos que levo adiante; 

Acompanham minha idade.
Todos tem veracidade; 
Parcial, total, constante. 

Sem poder ver a cidade 
Eu me sinto tão 
distante.

Pensamentos e verdades 
Dividindo o mesmo instante. 

Guardados em velhos livros 
Dividindo 
a mesma estante.
Acompanham os milênios, 
São trazidos ao presente. 

Quando exige o momento, 
São mestres de muita 
gente.

Por detrás de alguns mil anos, 

Entre enganos e desenganos
Sempre 
há o que aprender.
Livros velhos desbotados 

Reforçam os velhos ditados; 

Nunca é tarde pra saber;
Nunca é tarde pra fazer; 

Nunca é tarde para amar;
Com você quero ficar.

Relatam a nossa história,
Registram 
a evolução. 
O que outrora era 
avançado;
Motivo à condenação.
Hoje é ponto de partida, 

Visando melhor futuro. 
Sábios que agem em silêncio, 

Com bom senso. 
Me asseguro.
Já deixaram tantas marcas 

Os milênios de grafia;
Quantos teores escritos, 

Abordagens, teorias.
Os rascunhos que hoje 
escrevo 
Para minha formação. 
Em registros de outros 
tempos 
Vou buscar explicação.

 MANÉ PESCADOR

Quando o mar revirou 
e o Mané já gritou!
–Tranca tudo oh Zefa .
Tampe todas as brechas, 
pois como uma flecha 
o vento sul chegou.
Revirando a areia,
fazendo poeira
e a moça deu bobeira.
A rapaziada faceira 
arregala a olheira 
a saia levantou.

Até o meu telhado 
ficou escangalhado.
-Foge pinto pelado!
Com um calção rasgado 
ficou encorajado 
foi se aventurar.
Arredou sem ter folga,
perdeu a pandorga, 
moleque te joga.
Por três dias prorroga
é cachaça e madorna 
esperando passar.

E ao passar, 
vou pescar!
Minha rede lançar.
Pois quem vive do mar 
não pensa e nem pode lhe 
abandonar.
Há de vir um bom pescado!
Pra 
eu vender no mercado.
Uma corvina, um linguado, 

Um pirão escaldado 
para acompanhar.

 Palavras escritas sem 
letras, palavras 
faladas sem som.
Palavras que expressam o bem 
e o mal , 
demonstram o ruim, também o 
bom.
Palavras que ganham sentidos, 
expostas 
em formas e cores.
Falando de sonhos, rancores, 
pavores, 
medos,desejos e amores.

Palavras que saem dos olhos, 
teores que 
saltam aos olhos.
Ecoam aos ventos todos os 
fonemas, as 
portas fechadas, com sons de 
algemas.
Expressam tristezas e 
alegrias, saudades e 
melancolias. 
Querendo empatia,querendo 
atenção, de 
quem lhes escute com o 
coração.

Deixa falar; os olhos desejam 
falar 
Escute os olhos, que pedem 
um colo, 
pedem segurança, no jeito do 
olhar.
Deixa falar;os olhos desejam 
falar 
Da luta sofrida,das mágoas 
da vida, quem 
não tem guarida e precisa 
sonhar. 
Deixa falar; os olhos 
desejam falar 
Olhares maduros; da terna 
criança, que 
busca a esperança sem mesmo 
brincar.
Deixa falar; os olhos 
desejam falar 
Saiba interpretar, saiba 
respeitar as 
palavras que moram no 
olhar.
Deixa falar; os olhos 
desejam falar 
Saiba interpretar, saiba 
respeitar as 
palavras que moram no 
olhar.

 Eu me lembro; tempos 
de outrora.
Em que não pensava, como 
agora.
Agradeço, por tudo que 
vivi.
e o melhor da vida ainda 
está por vir.

Já consegui, enxergar minhas 
imperfeições;
Eu cresci, diminuí minhas 
indecisões.
Eu já sei, o que eu quero e 
o que não quero 
pra mim.
E muito mais, procuro minha 
paz e te desejo 
a paz.

Só quem erra sabe o valor da 
certeza.
Só se fortalece quem sentiu 
fraqueza.
Lamentar não faz ninguém 
evoluir. 
É preciso força e coragem 
para emergir.

Já consegui, enxergar minhas 
imperfeições;
Eu cresci, diminuí minhas 
indecisões.
Eu já sei, o que eu quero e 
o que não quero 
pra mim.
E muito mais, procuro minha 
paz e te desejo 
a paz.