Por mais que eu procure 
uma luz 
Onde reside a razão 
Não consigo chegar a um 
consenso 
E nem achar a solução 
Para decifrar o dilema 
Que não quer sair de cena 

E tanto atormenta o meu coração 


Quando uma metade diz sim 
A 
outra retruca com um não 
E 
nesse fogo cruzado 
Entre lucidez e emoção 
Quem corta um dobrado 
E sofre calado é o meu 
coração 
Que não está preparado 
Para conviver com tanta 
indecisão 

Não é mole não, não é mole não 

Viver entre a cruz e a espada 

No fio da navalha entre o sim 
e o não 
Tentando fugir da sinuca 

Em que se meteu o meu coração

DE VERMELHO OU DE 
ROSA
ELA CHEGA NA GIRA
TODA FORMOSA
NA FORÇA DE QU EM PODE
YANSÃ É MUITO PODEROSA

COM SUA ESPADA DE COBRE
ELA VENCE DEMANDA E SABE 
GUERREAR
ESSA LINDA ORIXÁ DE 
UMBANDA
É RAINHA DO SEU JACUTÁ
É A SENHORA DA MINHA CA 
BEÇA
A MENINA DOS OLHOS DE OXALÁ

É 
ESSÊNCIA
QUE NÃO SE MISTURA
CHAMA QUE NÃO SE A PAGA
SINFONIA DOS VENTOS QUE LEVA 
PRA 
LONGE
AS TRITEZAS E MAGÓAS

YANSÃ É O MEU PORTO SEGURO
O 
NORTE DO MEU CAMINHAR
LUZ QUE ILUMINA A 
ESTRADA
POR ONDE EU TENHO QUE AN 
DAR
DAS NUVENS ESCURAS E TEMPESTADE
FAZ 
BRISA DE VERÃO
É A GUARDIÃ DA MINH A PAZ
O 
MANTO DE FÉ E DEVOÇÃO
EPARREY OYA EPARREY, EPARREY 
OYA
ODOSSIABA MINHA MÃE SARAVÁ