[VERSO 1]
Fui só uma menina que 
sonhava 
Ainda sou a menina
Nunca fui bruxa, nem 
princesa, 
De papel de carta e coração 
aberto
Escrevia bilhetes, sonhava 
com flores
E um amor bonito por 
perto
Gostava de festa
De samba no pé, 
riso do povo na rua
Estudava, sonhava, era toda 
emoção
E achava que o mundo cabia 
na palma da mão

[VERSO 2]
Mas o amor veio torto, veio 
disfarçado
De promessa doce e destino 
traçado
Ele quis que eu fosse 
pequena, calada
E eu sonhava em ser mulher 
encantada
Na porta da vida, virei mãe 
e coragem
Com um buquê e um bebê na 
bagagem
Chamei um táxi com a alma 
rasgada
Mas segui sorrindo… mesmo 
despedaçada

[REFRÃO]
No passo da liberdade eu 
fui
Com fé na frente, medo atrás
Abandonei 
quem me impediu

Hoje eu escrevo e canto
Sou verso livre que ninguém 
traduziu 
Carreguei no colo quem me 
fez sobreviver
E nos olhinhos dela vi a 
vida renascer
Eu não sou ferida, sou 
cicatriz
Aprendi lutando a ser 
feliz

[VERSO 3]
As comadres no portão 
Fofoqueiras de plantão 
sempre tinham o que 
dizer
Falavam de todos sem saber
Inventaram 
histórias que nem eu sei 
contar
Me deram papéis que eu nunca 
quis representar

[VERSO 4]
Minha madrinha e meus pais 
oravam por mim
E eu seguia firme, passo a 
passo, o meu caminho
Com a bênção de Deus sigo 
meu caminho 

Trabalhar dobrado, me fez mas 
forte ainda
Plantei flores entre o 
cimento
E floresci inteira com o 
tempo

[REFRÃO]

No passo a passo da liberdade 
eu fui
Com fé na frente, medo 
atrás
Deixei pra trás quem tentou 
me derrubar
Hoje eu canto e me ouço 
mais...
Carreguei no colo quem me 
fez se reerguer
E nos olhos, o brilho de 
renascer
Eu não sou ferida, sou 
cicatriz
Aprendi lutando a ser 
feliz

[PONTE]
Minhas raízes, deram frutos
Cada 
uma corre atrás do que 
quer
A filha atleta, ainda tem 
muito chão 
A filha advogada defende a 
justiça com fé e 
determinação
E eu? 
Eu sigo com amor, fé, 
razão
Sou mãe, sou mulher, sou 
recomeço e canção

[FINAL]

O que era prisão virou refrão
Do 
silêncio, fiz canção
Não fui Perpétua, nem 
Tíeta
Fui mais Rute que Raquel
Nunca fui de palco nem 
platéia
eu mesma escrevi, não eu 
cômpus minha novela.
 

 
[Intro]
Foi chifre é Miga... Baseado 
em fatos suullrreais
[Verso1]
Ele não era grandes coisas, 
se achava demais
Barriga e corpo esculpido no 
chope e julgava os demais, 
pesava demais
Narcisista barato, raso se 
achava o tal rapaz.
Com aquele copo plástico 
desbotado de décadas 
atrás
Vivendo de energético e 
ocioso demais
Com o coração acelerado e os 
dois pés inchados 
a pressão no talo...
Mas era fachada demais, mais 
falso que a grávida de 
Taubaté o mané
dando match no ép sua bio 
enganava bem, qualquer uma 
de nós cairia também, 

[Verso 2]
Uma qualquer que ele buscou 
da barata demais
Do job ou de programa? De 
luxo de lixo... Sei lá, 
tanto faz...
Tinham dias livres demais, 
oh povo trabalhador...
Era luxúria demais pra tão 
pouca classe do rapaz
Mostrou a aliança a dama, 
disse que pagava boleto de 
cama em cama 
E ajudava nas contas de quem 
diz que ama
O programa fechou por pacote 
incluindo o rango , fugia de 
drama
Mal conseguia falar a tal 
dama. com a farsa 
escancarada na cama,
tremia a desleixada de 
plantão, nem para a guerra 
servia o canhão
Fedia a cigarro, perfume 
puro vudu de esquina
Batom borrado, saia rasgada 
e desbotada
Onde foi achar aquilo? Até 
feira de doação recusava
Nem brechó popular 
aceitava.
Ela era de quinta, no caso, 
de uma quarta qualquer — bem 
barata a tal mulher
Usaram as taças, vinho, mas 
ela era de corote, tomava 
até em pote
Mas nem com cenário de luxo 
melhorava,
só piorava a cena do 
absurdo…
encontro de quinta, barato e 
imundo.

[pré Refrão]
Bronzeei o chifre e a 
dor,
Na areia, caipirinha e pé 
pra dourar,
De biquíni e óculos de sol 
pra combinar,
De você nem ouvi falar... Vá 
se lascar 

[Verso3]
Levei foi chifre, admito, 
levei pra bronzear
Levei tudo que era meu pra 
bem longe daquele lugar, 

Quer vinho bom e taça de cristal 
vá bancar
Fui chorar no mar, bronzeei 
o chifre e a dor, fui 
salgar,
Caipirinha e pé na areia pra 
refrescar esse sol de 
lascar,
De biquíni, olhando as ondas 
do mar, deixei o tempo 
passar.
Enquanto você se afogava na 
própria falsidade a 
naufragar,
Na região metropolitana, só 
sabia dizer:
Não era pra ela ver... — mas 
flagrante não tem como 
esconder fanfarrão, ainda 
bem que 
vacilou, vacilão

[Verso 4]
Você traiu e enganou,
Rapaz infiel, mau caráter, 
cruel
Eu quase capotei o carro na 
confusão,
Mas saí ilesa da situação.
Pra 
chifre não tem perdão
[Refrão Final]
Bronzeei o chifre e a 
dor,
Na areia, caipirinha e pé 
pra dourar,
De biquíni e óculos de sol 
pra combinar,
De você nem ouvi falar... Vá 
se lascar 
[Refrão Final]
Chifre velado e 
enterrado
na areia superado.

Nunca precisei pagar ...

De biquíni, sorrindo, curtindo 
a maré,
E o trouxa perdido? Que 
Pague e vá com quem 
quiser.

Hoje é hit rapaz
...vá se lascar pra 
lá.

E Sabem quem é ela?
É só olhar pra veeer...
Ela faz o dia dela, bate 
ponto e se descabela
Trabalha, estuda, se vira a 
bela
Não invejem a vida dela
Já virou noite no serão
Trabalhava virada, sem tempo 
pra nada
Tudo isso pra não faltar 
pão
Sempre foi forte, pronta pra 
batalha
Na cidade fria, nem sol se 
espalha
Se amanhece calor, já quer 
se bronzear
Se o céu fecha cinza, 
nublado
ela vai se esquentar com o 
amado
Se sextou com sol, é estrada 
e mar
Ela vai sem radar, sem 
pedágio, sem parar
Qual praia vai dar? Nem 
precisa pensar
A única dúvida: onde vai 
mergulhar
Biquíni tanto faz, com ou 
sem marquinha pra 
mostrar
Na areia sente a brisa, no 
sol quer bronzear
Caipirinha gelada, coco pra 
refrescar
Bera no cooler, e a galera 
só quer festejar
Tem como não amar?
Toda semana quer sextar
Só não sei no que vai 
dar
Mas quem liga? Deixa rolar